terça-feira, 15 de setembro de 2009

Enquanto durar a canção

Quando sentiu dentro do coração (e era a primeira vez) aquela sinfonia de cigarras, poesia, turbilhão de sentimentos bonitos, ipês amarelos repletos de pétalas douradas, sonhos de crianças pequenas, suspiros... resolveu arriscar.
E ela pede milhões de desculpas para aqueles que não a entendem.
E se no caminho deixou a desejar com algum dos seus planos delicadamente bordados de linha feita de romance.
No momento que aquilo tudo lhe preencheu, ela não conseguiu mais sossegar.
Era como se lhe empurrassem, como se Deus escrevesse um desfecho grandioso para ela.
(Ela talvez nem merecesse tanto).
Bobagem, os dois merecem.
Mas o amor, numa dessas ruas de Porto Alegre, lhe foi apresentado.
Quando se olharam, tiveram os desatinos doidos de paixão todos justificados.
Ele pensou algo:
" Quem é aquela menina de mechas amoras?".
Ela pensou:
" Ele!!! Ele!!! Tomara que dessa vez ele me reconheça."
Não, ele não a reconheceu.
(...mas para felicidade dela, ele já estava predestinado a ser seu par pelo resto dos bailes dessa e de outras vidas).
Naquela vez não teve abraço.
Houve um sorriso,
e uma vontade louca de terem os lábios encostados.
Ficou no quase.
No entanto, como tudo que é tão sonhado, tão certo, tão desejado... aconteceu.
E vem há quase três anos acontecendo.
E se vocês pudessem ouvir as juras,
os bracinhos entrelaçados,
a fitinha lilás que guarda tão bem o pequeno saco com todos os anseios floridos,
os olhos marejados cada vez que pensam na família que formam (sim, porque os dois já o são).
Se vocês acreditam no amor,
finalmente vocês podem entender esses dois.
PS: E devo dizer-te... cantarolo quase sempre dentro de mim uma "canção-amor" para nós dois dançarmos. Nem que seja em pensamento. : )


Natália Anson Lima


* Post tão romântico hoje...rsrsr sem motivo especial, só pq achei lindinho o texto da Natália!

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