quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sinto muito

É uma saudade que não tem nome, nem forma, nem cor, nem cheiro. Saudade que impreguina na roupa, no cabelo, na mão. Que escorre pelo rosto, que palpita no peito e enche o pulmão. É uma saudade que machuca os olhos, morde os lábios e arranha a pele. Que inunda o corpo, deixa frio, deixa quente, azedo, doce, salgado, sem gosto, vazio, cheio. Saudade que mexe por dentro incomoda por fora, suspira.



Marcella Casari

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